sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Capítulo 3 - Arte e a escola

obra “O Grito” demonstra parte do sentimento que senti, discutido no último capítulo.  Se analisarmos atentamente, observamos que parte da obra “vibra” com o desespero do elemento principal e parte se mantém intacta frente a esse desespero. O fundo, totalmente desconfigurado e torto, me mostra o meio escolar, os demais alunos tentando se adaptar à vida acadêmica conturbada – já que muitos deles trabalham. À esquerda está a ponte e dois homens, íntegros, como se não fizessem parte da mesma obra. A ponte demonstra a escola e os homens, eventuais professores, que estão fixos e só observaram a mudança do cenário no decorrer dos anos, sem se relacionar completamente com as situações de cada aluno. Descrevo o homem em desespero no centro da obra, pois demonstra como, eu pelo menos, me sinto quando observo a situação da escola pública e a qualidade do ensino. Vendo tantos obstáculos e desinteresse dos alunos quanto ao conhecimento, vendo o cansaço dos professores e a dificuldade em driblar o “sistema”.


O Grito de Vicente Van Gogh, 1893.

Além da obra anterior, selecionei um dos painéis da obra de Portinari, intitulada como “Guerra e Paz”, pois acredito que retrata bem a situação presenciada na escola. Nesse trecho, o artista retrata a guerra e como as mulheres se comportam diante da situação, sem uso de violência, retratando apenas com expressões de desespero. Coloquei como referência à alguns professores, que ignoram o sistema de ensino atual e se deixam levar pelo  Por isso deixo a imagem:


Portinari. Parte do painel “Guerra e Paz”, 1948.

Por fim, escolhi a obra “Persistência da Memória”, de Salvador Dali, que representa os alunos, principalmente pelo elemento relógio, foco da obra. Nessa obra, o tempo se curva à gravidade, mostrando que o tempo não tem volta ao estado inicial, antes de ser influenciado pela ação gravitacional. Essa obra representa o aluno, que perde o tempo de conhecimento que depois será dificilmente recuperado.

Persistência da Memória, Salvador Dali. 1931.





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