A obra “O Grito” demonstra parte do sentimento que senti, discutido no último capítulo. Se analisarmos atentamente, observamos que parte da
obra “vibra” com o desespero do elemento principal e parte se mantém intacta
frente a esse desespero. O fundo, totalmente desconfigurado e torto, me mostra
o meio escolar, os demais alunos tentando se adaptar à vida acadêmica
conturbada – já que muitos deles trabalham. À esquerda está a ponte e dois
homens, íntegros, como se não fizessem parte da mesma obra. A ponte demonstra a
escola e os homens, eventuais professores, que estão fixos e só observaram a
mudança do cenário no decorrer dos anos, sem se relacionar completamente com as
situações de cada aluno. Descrevo o homem em desespero no centro da obra, pois
demonstra como, eu pelo menos, me sinto quando observo a situação da escola
pública e a qualidade do ensino. Vendo tantos obstáculos e desinteresse dos
alunos quanto ao conhecimento, vendo o cansaço dos professores e a dificuldade
em driblar o “sistema”.
O Grito de Vicente
Van Gogh, 1893.
Além da obra anterior, selecionei um dos painéis da obra de Portinari, intitulada como “Guerra e
Paz”, pois acredito que retrata bem a situação presenciada na escola. Nesse
trecho, o artista retrata a guerra e como as mulheres se comportam diante da
situação, sem uso de violência, retratando apenas com expressões de desespero.
Coloquei como referência à alguns professores, que ignoram o sistema de ensino atual e se deixam levar pelo Por isso
deixo a imagem:
Portinari. Parte do
painel “Guerra e Paz”, 1948.
Por fim, escolhi a obra “Persistência da Memória”, de Salvador Dali, que representa os alunos, principalmente
pelo elemento relógio, foco da obra. Nessa obra, o tempo se curva à gravidade,
mostrando que o tempo não tem volta ao estado inicial, antes de ser
influenciado pela ação gravitacional. Essa obra representa o aluno, que perde o
tempo de conhecimento que depois será dificilmente recuperado.
Persistência da
Memória, Salvador Dali. 1931.

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